12 novembro, 2006
Vc está sentado?
07 novembro, 2006
O Grande Pastel
O Boi falou mesmo, mas não sabia que tinham tantos modelos de Big Muff espalhados por aí. E eu ainda não tenho o meu! =(
Electro-Harmonix Big Muff Deluxe
Electro-Harmonix Big Muff Pi
Electro-Harmonix Big Muff Pi Crying Tone Pedal
Electro-Harmonix Little Big Muff Pi
Electro-Harmonix Little Muff Pi
19 outubro, 2006
03 outubro, 2006
Animaniacs no Woodstock.
26 setembro, 2006
24 setembro, 2006
"The most powerful demoniac fuzz that I've never heard" - Mr. Action at Harmony Central
Montarbo Sinphoton Fuzz
O que você faz quando acha um pedal de guitarra velhaco na Feira da Barganha por R$30,00 [trinta reais] e descobre que ele é um puta dum fuzz fantástico das antigas?
a) Dá piroletas de alegria.
b) Reclama com o vendedor, porque o adaptador 9V que entrou no rolo não serve pra instrumento musical.
c) Chora por ter pago quase dez vezes mais num Big Muff.
d) Dá um jeito de usá-lo no seu set como uma espécie de booster.
Guitarra -> Big Muff -> Supra Distortion -> Chilli Dog ->
Chorus/Flanger -> Sinphoton -> Amp: Vovô brincando com a netaiada
P.S. 1: Como nem tudo é perfeito, o pedal só funciona se pisado constantemente. O "acionador" [não sei o nome do botão que se pisa] tá zuado. Fora isso, é uma genuína peça de colecionadores de bons timbres.
P.S. 2: Quando exposto na lona do vendedor, tinha um fone de ouvido da época da Segunda Guerra ligado à criança. Peguei a lata na mão e perguntei o que era aquilo. Resposta: "meu, nem eu sei o que é isso". Sorte minha.
16 setembro, 2006
Boss, a nova
Comprei uns 7 pedais com precinhos bacanas, a maioria boss, agora to tratando de vender as crianças, mas claro que rola um teste drive antes da venda!
Devo dizer que tinha um pouco de pé atras com pedais da boss, mas sabendo escolher tem varias maravilhas, que duram pra burro (tem quem diga que eles são feitos do mesmo material que as caixas pretas dos aviões...) e quando vc tá no aperto ou enjoado do efeito eles são quase como cheque ao portador.
Muito visados (colecionáveis) são os mais antigo, como sempre, sendo os japoneses em geral mais cotados que os made in taiwan. Tem outras variantes, mas não posso entregar o ouro assim tão fácil, né?
Assim, fique de olho quando vc ver um dando bobeira na mão de quem não tá dando o devido valor a alguma dessas pérolas. Eu posto alguns reviews quando der, por hora fiquem com o www.bossarea.com
14 setembro, 2006
"Ten Silver Drops", Secret Machines
11 setembro, 2006
04 setembro, 2006
11 agosto, 2006
Geek!
Danelectro DaddyO
Um overdrive versátil como um pedal analógico, porém nem true-by-pass ele é. Quando o peguei, não consegui regular de jeito nenhum e fiquei puto por ter gasto 59 doletas. Depois de um tempo, tocando sozinho e casa e timbrando tudo que vinha na cabeça, comecei a me acertar com os 5 knobs e agora consigo tirar qualquer drive para base ou solo com facilidade (nem tanto, vai!). E o design, nem precisa comentar, né!
MXR Phase90
Eu acho que não preciso falar muito dessa maravilha laranja. Foi adquirido, após alguns shows do extinto Fud em que via aquela porrinha laranja fazendo um puta estrago na vibe do show, por 70 doletas. Foi aí que as coisas mudaram e a onda dos analógicos começou a me afetar (juntamente com as conversas introdutórias do camarada Bernal). O bagulho tem 1 knob que regula a velocidade, só!
EHX Memory Man Deluxe
Até pra minha mãe eu mostrei esse pedal. Echo, chorus e vibrato em uma lata só. O tamanho impressiona, mas nem tanto quanto suas regulagens que nunca se repetem. O negócio é analógico até o talo, sendo necessário respeitar as delimitações (marquinhas pretas que existem em cada um dos 5 knobs) para não tornar o bicho um monstro. Eu ainda acho que ele tem vida própria (não ri, pois quem toca essa porra sabe que é embaçado), mas prefiro não acordar o bicho que mora dentro dele. Não tem nem manual de instruções, mas eu estou aprendendo a bulina-lo. Enjoy yourself! Ah, 210 doletas, belê! \o/
ProCo Turbo Rat
Eu tinha um pedal de volume Dunlop zerado, daí entrei num tal de Guitar Corner e tinha um moleque querendo trocar uma distorção por ele. Quando eu vejo, era um Turbo Rat. Porra, Thurston Moore e Lee Ranaldo usam essa porra, não é pra menos né! O bagulho frita alto! Não tem como definir o timbre desse rato, só tocando mesmo.
EFX Tremololux
Encomendei faz um tempão, mas o cara só terminou nessa semana. Ainda não toquei, mas pelos knobs você já pode sacar qualé que é desse mini-game.
É isso. Para liga-los uns aos outros, tratei de comprar uns cabinhos importados pelo preço de lá. Você compra os "jacks" e o cabo separados, e depois monta de acordo com a distancia de um pedal ao outro. Facilidade que só a George L's te dá. Quando eu tiver pilha na máquina, tirarei um retrato do meu board. Ah, eu sou pão-duro, viu, por isso só compro pedais importados pelo preço da gringa. Se fosse aqui no Brasil, pelos preços eu não teria nem o Deluxe!
24 julho, 2006
Ma children
Digitech PDS-1700 Digital Stereo Chorus/Flanger: Um chorus stereo decente por menos de R$300? Ei-lo. Batendo perna na Sta. Ifigênia, achei essa coisa cinza cheia de botões [usado, obviamente] por um preço acessível ao meu bolso desabitado de nota$. Não é nenhum Memory Man, mas é capaz de pirações danadas de boas com alguma distorção de bastante sustain [alguém aí disse Big Muff?]. A sonoridade dos dois efeitos, apesar de em alguns momentos parecer meio difusa, é bem orgânica para um pedal barato e menos cotado como este. O flanger não é aquela coisa escalafobética que você ouvia nos anos 80, mas você pode fazê-lo chegar perto se quiser, jogando o botão de speed lá embaixo. O chorus no talo serve apenas para sons mais experimentais: tenha um pouco de paciencia ao regulá-lo, porque é bem sensível, e criará um efeito bonito. Importante: o casco dele é pura LATA. Parece um jipe Willys.
Danelectro Chilli Dog: Oitavadêro. Enviadador de som. Trabalha com duas oitavas, mas se você vai tocar música normal use só o oct 1 ali à direita. O oct 2 dá um puta noise interessante com distorção pesada [alguém aí disse Big Muff de novo?], mas só serve pra trilha de filme do Stanley Kubrick [saca a trilha do 2001: A Space Oddissey?] e retardagens semelhantes. Não funciona com acordes, mas aí só um POG pra resvolver o caso. E dá-lhe grana... Creio eu que o Boss Octave seja melhor que o Chilli Dog, mas quanto fui comprá-lo custava quase R$100 a mais. E o MXR Blue Box era quase o dobro do preço.
Electro-Harmonix Big Muff Pi: Não virou nome de disco à toa. Alvo das mais diversas teorias. Criado pelo DEMÔNHO. Uma das obras primas da EHX. O maior sustain de todos os tempos. Uma puta distorção fera. Use na sua Gibson/Epiphone/guitarras com humbuckers em geral em power-bases graves. O Santana usava. O Hendrix usava. O David Gilmour usa. Simplesmente fudido.
DOD FX55-B Supra Distortion: O Meteoro vai me matar por isso, mas posso explicar. Eu tinha encostado esse pedal por nunca conseguir tirar um som decente dele, exceto no baixo. Porém, nunca tinha experimentado-o no meu amp novo - e qual não foi a surpresa que tive em conseguir fazer a distorção leve soar quase próxima de um Boss Blues Driver. E paguei exatos R$50 nele. Agora, hoje, um negócio da China. Bem vindo de volta ao lar, filho.
Se me permitem, agora vou ali levar as crianças pra brincar com tia Dot e tio Deluxe.
12 julho, 2006
Roger Keith Barrett 1946 - 2006
01 julho, 2006
Mudanças na vida, umas grandes, outras pequenas...
Feito de plástico, com os switches mais vagabundos que eu já vi em um pedal, ele ainda me faz achar que fiz um negocião. Comprei zero por AU$ 59,00 no Ebay e paguei mais dez pelo frete. Isso dá um pouco mais do que 100 reais. E é um delay.
Seus minúsculos knobs irritam desde de o primeiro uso, mas depois de começar a fuçar na criança veio aquele alivio: soa que é uma maravilha! Pelo que pesquisei, ele é digital, mas não soa como um. Longe disso, ele entrega o timbre da querida Cacilda quentinho, quentinho. Claro que não é true by pass, mas os da Boss também não são e custam 3 vezes mais.
O segundo switch é pra trocar de delay longo para curto, sem precisar usar as mãos! Melhor, impossível. E o delay longo deve chegar a mais de um segundo.
O acesso a bateria é uma rosca de plástico. Não deve durar muito, por isso eu só abri para tirar a bateria que vem com ele e nem pretendo abrir mais... Quer dizer, talvez para mudar a criança de casco, já que esse eu não acredito que vá durar anos.
Enfim, já virei traidor, nem ligo mais tanto se o pisado é digital ou não. O importante é soar bem. Não recomendo ninguém a trocar o seu delay por esse, mas se você ainda não tem um, esse é provavelmente o melhor custo-benefício que vc vai achar. Eu demorei mais de 10 anos pra descobrir isso, mas o fato é que todo guitarrista boa praça merece um delay.
11 junho, 2006
Eu [coração] You Tube, pt. 2
Afghan Whigs mandando "Milez Is Dead", ao vivo. Meteoro, presta atenção no Rat do Greg Dulli. Não estás sozinho, hehe!
04 junho, 2006
"On An Island", David Gilmour (2006)
Eu juro, juro que fiz uma cera para resenhar essa bolacha, por questão de respeito, já que o Boi tá nessa de Pink Floydisse há mais tempo do que eu. Porém, o sujeito tomou muito mais tempo do que devia para fazer isso, então tomei "as liberdadi" de mandar a resenha.
Como começar isso?
Bom, David Gilmour, né? Como está escrito no site do próprio cidadão: "a voz e a guitarra do Pink Floyd". Isso significa: Stratocaster slow hand bluesy, um belo e elegante overdrive com bastante sustain, sempre alguma sorte de eco e uma ou outra modulação, tudo que pode ser feito para ganhar a sensação de que a gravidade está diminuindo.
A lista de participação dos camaradas é tão grande que impressiona até mesmo entrega de MTV Video Music Awards. Só do bom e do melhor: o tecladista Floydiano Richard Wright, David Crosby e Graham Nash (os chapas do Young), Robert Wyatt (para você que não sabe, esse é o primeiro guitarrista extra do PF, velho amigo do senhor Gilmour, que desencanou de tocar com os caras pra virar fotógrafo), Jools Holland (aquele mesmo, do programa) e por aí vai. Nessa bolacha aqui ficou especialmente mais evidente os tons folk acusticos e a ajuda da patroa Polly com as letras, que foi muito bem-vinda mais uma vez.
Outra novidade é Gilmour tocando sax, o que sinceramente achei isso meio xarope (não me agradou em nada, a unica Pink Floydisse que ficou boa com sax foi "Money", na modesta opinião deste que vos escreve). O tiozinho, que agora tá com sessentinha, aprendeu a tocar sax para encorajar moleque dele a fazer o mesmo e quis usar seu mais novo dote musical no disco. Só resta a nós, pobres mortais, a aprender a conviver com isso.
Mas péra lá! Os bons momentos no disquinho vem em quantidades suficientes para quem gosta e para quem não gosta de PF! Castellorizon abre o disco numa colagem climática boa pra raio e já segue grudada ao melhor estilo Dark Side com a balada beleza On an Island. Take a breath dá aquela (re)lembrada do riff de Astronomy Domine, só para acordar. E baladas seguem, em uma sequência de doçuras acusticas que vão, no mínimo, te fazer um bem danado!
20 maio, 2006
Eu [coração] You Tube
Trata-se de Arcade Fire & U2 fazendo cover de "Love Will Tear Us Apart".
É impressionante como até Joy Divison vira fanfarra com o Arcade Fire.
Perfeito.
19 maio, 2006
"EP (2006)", Debate
Esse é o tipo de banda que minha mãe não gostaria de ouvir. Para quem não sabe, o Debate está lançando um EP e disponiblizou duas músicas para download no site da Amplitude. Estou com pregüiça e vou colocar o que eles descreveram no site sobre o lançamento e planos para o futuro próximo:
Para quem ainda não conhece, trata-se do trio formado por Marcelo Mandaji, Richard Ribeiro e Sérgio Ugeda - sendo os dois últimos integrantes do supramencionado Diagonal, entre muitos outros projetos. O disco começou a ser gravado logo depois do Natal passado em São Paulo no Estúdio El Rocha e foi gravado por Fernando Sanches (guitarrista do Van Damian e, nas horas vagas, baixista do CPM 22 e Hateen). Só a presença dele na ficha técnica já garantiria a qualidade do trabalho.
Mas não nos demos por satisfeitos e enviamos a gravação aos cuidados do J. Robbins (ex-Government Issue, Jawbox, Burning Airlines e atual Channels para uma mixagem em seu próprio estúdio em Baltimore, Magpie
Cage. O resultado, claro, não poderia ser melhor. Mas mesmo assim resolvemos tentar melhorar ainda mais.
Mandamos as faixas para o T.J. Lipple (Aloha) para a masterização que mereciam na Silver Sonya, suíte dentro do lendário Inner Ear. Chega a ser desnecessário lembrar, mas trata-se do estúdio e casa de bandas como Fugazi e Bad Brains.
O resultado você já pode acompanhar no mp3 disponível no canto inferior direito do banner na entrada da página. Em breve confirmaremos a turnê de lançamento do EP que vai começar a partir de 1º de Julho. Enquanto isso, deixe uma mensagem para a banda no MySpace.
Enfim, é algo que estou apreciando muitas vezes ao dia, como se fosse uma xícara de café. Ah, você entendeu!
16 maio, 2006
Ultra Passado
Se vc, assim como eu, é um abobado compulsivo quando o assunto é tecnologia obsoleta, ainda mais quando tem musica no meio, entra nessa pagina e clica nos links.
Depois é so comentar as perolas.
12 maio, 2006
Mojave 3 safra 2006
Eu ainda vou escrever aqui algo decente sobre esta que, se não é das bandas mais expressivas, é com certeza uma das mais belas hoje em atividade. Por enquanto, corra o mais rápido que você puder ao Soulseek - ou clique aqui se estiver com preguiça - e baixe "Breaking The Ice", o primeiro single do novo disco deles, Puzzles Like You [que, como os leitores mais safos notaram pelo link, já vazou na íntegra].
Puzzles é de longe o disco mais animado do Mojave 3 - na maioria das faixas, Neil Halstead deixou de lado a sua obsessão por ser o novo Nick Drake - e "Breaking The Ice" é filha direta da guinada sonora da banda a climas mais, digamos, ensolarados [êêê, infâmia!]. É daquele tipo de música que parece ser a coisa mais despretensiosa do mundo e te pega de jeito quando menos se espera. Falando português claro: HIT. E [SEGURA ESSA, THOM YORKE!] absolutamente NÃO IMPORTA o que seja lançado, "Breaking The Ice" já é uma das três melhores músicas deste ano.
E faça-se a luz. Amém.
09 maio, 2006
"DC EP", John Frusciante
O fato é que o Frusciante gravou os solos usando a Les Paul Junior do Guy Picciotto e o cabeçote Marshal do Ian Mackaye (o mesmo que aparece na capa do 'Red Medicine', do Fugazi), e a session foi produzida pelo Ian Mackaye no estúdio Inner Ear (o mesmo que as bandas da Dischord costumavam gravar). Mesmo sem saber disso, eu senti algo de Fugazi no som. Vai saber, né!
Enfim, minha visão do EP é algo diferente. Tenho até medo se ser mal interpretado, mas na minha opinião para que ele está fazendo uma releitura das músicas do Mario Bros e criando climáticas e um tipo de trilha que cairiam muito bem no jogo. Ah, chega, nerd bagaraio isso.
Vão se preparando...
... porque o Radiohead novo promete ser lindo.
+ Arpeggi
+ Bodysnachers
+ Bangers n Mash [com Thom Yorke assumindo a bateria]
+ Nude [deus existe!]
+ Open Pick
+ 15 Step
+ Spooks
+ 4 Minute Warning
+ House Of Cards
Dica: comece por "Arpeggi", "Bodysnatchers" e "Nude". Depois, o resto.
29 abril, 2006
Xavier Rudd - 28-04-2006 - Thebarton Theatre - Adelaide
Complicadíssimo definir o som; depois das primeiras escutadas, pensa-se que é algo entre Jack Johnson e Ben Harper, mas logo se vê (ou se escuta) que o buraco é bem mais embaixo. Se alguém que já botou uma prancha de surf debaixo do braço não gostar, bom sujeito não é. Eu nunca botei uma prancha debaixo do braço, que fique bem claro.
O cara toca uma lista absurda de instrumentos. Se liga na lista do site: guitars, shakers, didgeridoos, Weissenborn slide guitars, Tongue drums, stomp boxes, djembes, harmonica, ankle bells and slide banjo. Vários deles ao mesmo tempo. Não estou falando só de tocar violão e tocar gaitinha (ele faz isso também): o cara batuca com o pé pra marcar o tempo numa caixinha com trigger de bumbo. Com o outro pé liga uns pedaizinhos. Faz um batuque batuta com as paradas de percussão e toca os didgeridoos. Toca slide guitar feito uma divindade. E quando se vê tudo isso ao vivo beira o insano, parece um cérebro dividido em 4. Acrescenta muito que o cara tem uma voz do mais fino veludo. Rola uma ajuda do cara da mesa que coloca tudo em efeitos de rotary speakers (para quem não é iniciado, o efeito é literalmente o de caixas de som girando) e toda sorte de eco. Toda a platéia fica em transe facinho, facinho.
Ele não seria um hippie surfista completo se não tocasse descalço e com camisa tie-dye, se não soubesse escrever sobre humanidade e engajamento, se não fizesse cover de "No Woman No Cry" (nem se incomode achando que é o maior dos chavães, é a versão mais honesta de que se tem noticia). Ou, ainda, se não tivesse uma banquinha recolhendo assinaturas para a criação do parque marinho de South Australia (eu já tinha assinado no Big Day Out).
Do começo, quando foi apresentado por aborígenes que fizeram uma cerimonia com fogo dentro de um teatro, até o fim, com um biz de 5 musicas, um show absurdamente maravilhoso.
27 abril, 2006
26 abril, 2006
"Dub Side of the Moon", Easy Star All-Stars
Demorou mais vai acontecer. Dia 12 de maio, sexta-feira, o grupo que regravou o Dark Side of the Moon numa versão Dub tão boa quanto a original vai se apresentar no Via Funchal. Mais informações em http://www.viafunchal.com.br/shows.asp?ID=169
25 abril, 2006
Trocadalhos do carilho
21 abril, 2006
Cera para seus ouvidos!
Com o mundo todo querendo roubar o 7 polegadas 78 rotações do vô pra pagar uma de vintage, faça melhor: escute direto da cera.
Muito antes das gravações serem feitas em vinil, elas eram feitas em cilindros de cera, sendo a primeira forma de música portatil e que teve seu boom no final do século 19.
Agora, olha a mamata que o tio traz até vocês:
A Biblioteca da Universidade da California digitalizou o seu acervo de mais de 6000 cilindros e basta ir no http://cylinders.library.ucsb.edu/ e baixar em mp3 ou até wav 24 bits!!!
Agora, se for pra reclamar do chiado, nem precisa deixar comentário!
20 abril, 2006
19 abril, 2006
17 abril, 2006
"Walls in the Street", The Denison/Kimball Trio
16 abril, 2006
EXTRA, EXTRA!
Mas esses tio aí vão fazer música boa pra sempre, é?
Rather Ripped, disco novo do Sonic Youth, vazou na net!
Antes que perguntem: sim, é bem calmo. E, sim, é bem foda.
Big Muff Pi
"The distortion countless musicians such as Hendrix and Santana relied on for its rich, creamy, violin-like sustain. A timeless piece, the Big Muff has been defining the sound of rock guitar for the past 30 years. From Pink Floyd to the Chemical Brothers to Korn, everyone wants a piece of the 'Pi!"
Nada é mais lindo que um pedal da Electro-Harmonix. E tenho dito.
13 abril, 2006
Série "Velharias!": ohu, graça, guarda teu dinheiro pras crianças...
agora o supergrass tem uns dez anos e 4 álbuns, diferentes entre si, mas todos acima da média do que apareceu nesses anos. mesmo com todo mundo hoje em dia pagando uma de "roqueiro costeletudo de mullet", eles estão há 10 anos nessa sem ter pagado uma de eletronico no final dos 90 como vimos com muitos britanicos, incluindo até os rolling stones. não se enganem, eles não são do tal "novo rock", que até hoje eu não entendi o que tem de novo. talvez a data de prensagem do cd.
mas pra quê que eu falei tudo isso? pra você saber que o último album deles, lançado no começo de 2003, é um absurdo. teve o hit "grace", que você deve ter ouvido em algum lado, mas acreditem que não é so isso. se os 2 últimos álbuns não foram tão "pra cima", esse foi feito pra botar no dia em que você tá quase desistindo de sair pro rolê por falta de animo! prestem atenção no irmão aqui, ele vale cada pulso telefonico para baixá-lo inteirinho (em 192kbps, claro, porque depois você vai querer queimar o cd). caso você tenha conexão de banda larga, por que ainda não esta baixando? se eu morasse em um país civilizado, com certeza compraria o vinil. e apesar de não serem "modernos", se aparecessem de novo aqui na terrinha do pelé eu iria no show, mesmo que tivesse que vender meu big muff!
texto postado originalmente em 02/03/2004, com relevantes sutis ironias sobre estar em um pais "civilizado" ou sample rates ideais para queimar um cd. ainda não comprei esse album em vinil, mas o big muff nao deixou de ser meu.
12 abril, 2006
09 abril, 2006
Campari Rrrock!!!
Ademar, Claudião e Carlão: o Mission Of Burma
TOP 10 SHOWS QUE EU VI
Antes de mais nada...
01. The Flaming Lips, Claro Q É Rock [nov/2005]
02. Sonic Youth, Claro Q É Rock [nov/2005]
03. Pearl Jam, 2º show no Pacaembu [dez/2005]
04. Television, Sesc Pompéia [out/2005]
05. Patife Band, Hotel Crowne Plaza [jul/2005]
06. Nação Zumbi, Sesc Taubaté [mai/2005]
07. Mission Of Burma, Campari Rock [abr/2006]
08. Supergrass, Campari Rock [abr/2006]
09. Iggy Pop & The Stooges, Claro Q É Rock [nov/2005]
10. La Carne, Anfiteatro da Comunicação [mai/2005]
@@@
Eis que, num hotel fazenda no meio do nada na rodovia Dom Pedro [disseram que era Atibaia, mas só vi um trecho de asfalto, uns muros, uma estradinha de terra e o próprio hotel], aconteceu um dos principais eventos musicais do Brasil neste semestre. Lá da estrada se via o palco emergindo do descampado. Já era possível sentir as boas vibrações.
Logo na entrada, encontramos Allan Lito e Marcos Linari debatendo as conquistas da revolução e partimos pra fila. Ingressos, carteirinhas de estudante e revistas depois, rolou até um drink na faixa.
- chama-se: Campari Energy
- trata-se de: Campari com Flash Power.
- na real: Ruim demais, e nem tinha como ser diferente. Todo mundo estava bebendo só pra dar um grau, já que a cerveja lá dentro era R$4. Fui aplaudido quando joguei o meu fora. Preferi gastar R$32 em cerveja.
O palco era alto, ao contrário do show do Pearl Jam onde "baixinhos" de menos de 1.85m sofriam pra ver os candangos do meio da galera. Haviam toldos ao lado do gramado para o público se esconder da chuva, muito providenciais a certa altura do campeonato, mas isso a gente comenta mais tarde. No palco, o som já comia solto.
- chama-se: Montage
- trata-se de: Techno-eletro-sei-lá-o-quê-gay [não entendo dessas coisas que fazem blip, zóing, etc].
- na real: Eu, que sou cego, surdo e mudo em som eletrônico, sou a pior pessoa pra opinar se aquilo tinha qualidade ou não. Mas o cara tem que ter muita atitude pra subir no palco de MINISSAIA JEANS e franjinha quase à lá A Flock Of Seaguils. Começou a tocar no exato momento em que descemos da van - a 15 minutos de caminhada da entrada - e pegamos o finalzinho. Tava divertindo até então.
Aí rolou aquela social com a camaradagem presente, piadas acerca da indumentária da banda lá em cima do palco e a primeira cerveja da tarde [lá dentro, porque antes neguinho já vinha entornando o caneco].
- chama-se: Miller
- trata-se de: Cerveja draft co-patrocinadora do evento.
- na real: Uma latinha de Miller a R$4 é uma baita sacanagem, mas pra quem já estava bêbado na estrada, nenhum problema. No começo, ainda era possível bebê-la gelada. A última que peguei eu poderia jurar que era mijo.
Reconhecimento da área. Mais putz-putz.
- chama-se: Digitaria
- trata-se de: Eletrônico industrial tipo aquelas paradas alemãs de eletrônico industrial, manja?
- na real: Não à toa foram cooptados por uma gravadora germânica: fazem um som bem competente, visu meio gótico-rave [?], banda nascida for export. Não é a minha praia [já passei perto, mas encontrei Jesus], mas também divertiu.
Pega-se mais uma cerveja, conversa-se aqui e ali, risadas, visual ótimo [saca aqueles morros que dão vontade de embrenhar pelo meio do mato?]. De repente, olho pra trás e vejo uma senhorita de feições parecidas com a Bjork passando por trás de mim. Com aquele estilão 70's, não poderia ser outra pessoa...
- chama-se: Anne
- trata-se de: Amiga de velha data do BOI, apesar de nunca termos visto um ao outro.
- na real: Uma moça deveras simpática ao vivo, radiante pela expectativa de ver o Supergrass, sua banda preferida. Diga-se de passagem: LINDA.
O DJ toca "Drive All Over Me" do My Bloody Valentine e bate um flashback repentino da época do Objetivo [êêê, 2002!]. Sentamos no chão, começam umas microfonias, o negão anuncia a primeira banda de róque da tarde. A indiarada toda cola na frente do palco pra ver qualé que é a desses caras.
- chama-se: Walverdes
- trata-se de: Power-trio com os seis pés no roquenrou sujo, beirando a grungêra.
- na real: Em disco, não me despertou nenhuma emoção, mas o show dos caras é poderoso. Na empolgação, o baixista teve a moral de estourar o mizão [a mais gorda das quatro cordas do baixo]. O dia em que algum maldito produtor conseguir transportar o peso de palco deles pra disco, eu compro a bolacha correndo.
Mais rolês, mais bate-papo, conheço um jornalista e maaais cerveja. Hora dos camaradas subirem no palco. Mas aquela guitarra meio estourada no Walverdes... Será que... Não, não é possível que vão cagar o show dos caras....
- chama-se: Ludovic
- trata-se de: Joy Division + Minor Threat + Mission Of Burma + letras BOAS em português.
- na real: O som HORRÍVEL do meio pra frente destruiu uma apresentação que, pros padrões de Jair & cia, vinha sendo o trivial: descontrole, guitarras gritando, demência, provocações ao público, tudo aquilo de bom que o rock veio perdendo nos últimos anos. Desgraças a parte, o Ludovic a céu aberto caiu bem melhor do que o esperado. Mais 20 ou 30 fãs para a coleção deles. E que venha uma equalização decente da próxima vez.
Cena: enquanto o rock comia no palco, revoadas de pássaros apareciam dos morros verdes de Atibaia rumando ao horizonte, pintando um cenário pra lá de bucólico. Aí você desviava o olhar e lá estava o Zeek estourando corda de guitarra. Lindo. Mas, como tudo tem que acabar, aquela tarde também deveria. E com o pôr-do-sol, o gramado começava a encher de gente pra ver aquele negócio que tentam me vender todo dia como salvação do rock nacional.
- chama-se: Cachorro Grande
- trata-se de: Uma banda boa com um vocalista que sempre estraga tudo.
- na real: A mesma coisa dos outros shows que vi dos caras: instrumental fudido, influências saudáveis de The Who, The Jam e afins. Tudo no lugar certo, mas quando aquele vocalista abre a boca só sai merda. Letras ruins, vocal ruim e uma vontade CU de ser o Roger Daltrey. Ainda tava usando a camiseta "Who the fuck is Mick Jagger?". Ninguém avisou o cidadão que só o Richard Ashcroft pode usar aquilo e ficar impune?
Lugar quase cheio, agora. Filas intermináveis pra qualquer coisa, menos para os banheiros [obrigado, Senhor!]. Não canso de encontrar conhecidos na multidão. Parecia que só a minha mãe não estava lá. Mas seria pouco provável que ela fosse. Ela prefere os shows de graça do Moacir Franco, aqui na Av. do Povo.
- chama-se: Mission Of Burma
- trata-se de: Tiozinhos dos 80's, R.E.M. evil version.
- na real: Na hora em que vi o amp de guitarra sendo montado na cara do palco, ao lado do Ademar [guitarrista], senti que vinha coisa boa dali. Colei na grade bem na frente do Claudião [baixista] e aguardei ser assaltado por um turbilhão de energia que 99,9% das bandas de moleques não tem. Aliás, algo importante aqui: a maior mentira de todos os tempos no rock é a máxima de que pra tocar punk e derivados, não é necessário saber tocar. UMA PICA: o Ademar toca demais, assim como o Carlão [batera, que dava uns berros PREZA lá atrás]. Já na terceira música, precisava desabafar com alguém e topei com o Andy do meu lado. "Meu, quê que são esses véio?". Ninguém cohecia, mas todo mundo se rendeu na hora. Pelo menos em umas cinco músicas causaram comoção generalizada, mas a coisa toda veio abaixo mesmo em "That's When I Reach For My Revolver" e "Academy Fight Song". Hits, sempre eles. Obrigado, Senhor. De novo.
Dois anos e quatro meses depois, consegui me recompor e pegar uma cerveja. Mais rodas de conversa. Meus companheiros de via[da]gem somem.
- chama-se: Nação Zumbi
- trata-se de: Se não sabe o que é, desligue o computador e vá ler um livro.
- na real: Pela trilhocentésima vez, a mais competente [juro não usar mais essa palavra neste texto] banda nacional ao vivo aparecia no meu caminho. Como era o mesmo repertório de outros shows - e sabendo que seus shows em festivais funcionam como um relógio - fiquei passeando boa parte do tempo e vi só a segunda metade da apresentação. Uma macadame sonora, como sempre. Também, com aquela tamborzada de fazer chover... Ops...
- chama-se: Ira!
- trata-se de: Um La Carne mais fraquinho.
- na real: Não vieram com a palhaçada do Acústico, mas começaram o show com a cover ruim de "Train In Vain". Melhorou depois, com "Assim que Me Querem", "Dias de Luta", "Gritos Na Multidão", "Envelheço na Cidade"; enfim, os velhos clássicos para a massa. Na verdade, nem dá muito tesão escrever sobre o show dos caras, porque você olha pra cara deles no palco e sabe exatamente o que vai ouvir. Tá, foi legal ouvir "Teorema" e "Foxy Lady" [sim, Hendrix], mas nada que saísse do absolutamente previsível. Ok, fui injusto: não esperava que eles fossem tocar aquelas MERDAS de "O Bom e Velho Rock And Roll" e "Entre Seus Rins". No meio das duas, vai o Scandurra e fala no microfone: "róque de tiozinho é a puta que pariu". Depois, o Nasi: "a vida começa aos quarenta". Acho que as questões existenciais de meia-idade estão começando a prejudicar seriamente a banda. Psicanálise neles. Djá. Mas, falando sério, a tal da música nova é bem boa.
Niqui o palco da atração principal da noite começou a ser armado, os pingos esparsos que caíam do céu desde o início da noite viraram uma bela duma chuva. Cooorre pros toldos. Uma hora de atraso devido a um teclado que teimava em não funcionar. Nêgo fica debaixo d'água pra não perder o lugar na área do gargarejo. Meus óculos não permitem tal atitude, apesar de coçar de vontade pra ir lá ver a careca do Gaz Coombes de perto.
- chama-se: Supergrass
- trata-se de: Talvez a única banda dos anos 90 a fazer uma referência tão direta à cannabis e não tocar reggae.
- na real: Bengamos e conbengamos: eles já passaram dos trinta já há uns anos. Natural que uma hora eles fossem meter o pé no freio - e o fizeram com o atual Road to Rouen, causando a ira dos fãs do rock acelerado e dançante dos supermaconheiros. Apesar de começarem o show jogando pra torcida com "Lenny", "Caught By The Fuzz" e uma versão linda de "Mary", nem isso amaciou os indies mais ferrenhos quando começaram as baladinhas do disco novo, tanto é que alguns dos mais babacas foram embora [mesmo após uma impecável e emocionante versão voz-e-violão para "St. Petersburg"]. Gaz, sacando que nem os mais devotos aguentariam a terceira baladinha seguida ao Fender Rhodes, mandou: "I think some rock and roll would be nice, eh". Aí eles resolvem pôr tudo abaixo com "Kick in the Teeth", "Rush Hour Soul", "Moving", "Grace", "Richard III" [YEAH!], "Strange Ones", fechando com "Pumping In Your Stereo". Thank you, good night, etc, mas peraí, cadê "Sun Hits The Sky"? Sobe um roadie pra afinar o violão, dando sinais que o bis seria com coisa do disco novo. Mas uma luz divina ilumina a cabeça desmatada de Gaz, que pega sua guitarra estranha e manda "Sun Hits The Sky". Living is easy with time on your side. É, lá se vão quase 10 anos desde a primeira vez que vi o clipe do carro vermelho na estrada desértica. E hoje ostento uma careca quase igual a tua, Gaz. Só não ando de suspensórios, ainda. Ainda.
Hora de voltar. Ou não? Sei lá, eu estava bêbado e sem comer nada havia mais de 14 horas. Encarar um lanche de R$6 que em Taubaté não custaria nem R$1,90 é dose, mas era a única opção de saciar minhas lombrigas gordas.
- chama-se: Black Dog
- trata-se de: Um cachorro quente [perderam um ótimo trocadlho com a banda do vocalista mala] com purê, maionese e batata palha.
- na real: Era saboroso, mas a maioria das coisas de comer o seria àquela altura da madrugada.
Depois, uma procissão purgatórica até a van - novamente 15min de caminhada, mas depois de trocentos shows, alcoolizado e tentando em vão desviar da lama, parecia levar dias. Mr. Frê me encontra no meio do caminho e mostra orgulhoso o troféu da noite: o setlist do Supergrass [ele sempre consegue o que ele quer]. Muito barro depois, chegamos à van e percebemos que um de nós não estava lá. "Quem vai buscar o cara?", ninguém responde e lá vai o BOI de novo fazer sua parte para um mundo melhor. As distâncias a esta hora pareciam infinitas. O tal do Sandyjunior tava lá berrando no palco e eu, como um zumbi, procurando um cara de jaqueta amarela feito um bobo no meio dos que restaram pelo gramado.
Volto pra van numa caminhada que deve ter durado, no mínimo, duas horas e meia. Entro, "não achei o cara", encosto no último banco e desmaio. Pouco depois, alguém me cutuca, "alguém acorda o BOI aí". Estávamos perto de casa. Vira à esquerda, casa de portão vinho, abraço pra vocês e pra quem foda sua família. Eram mais de 5 da manhã, comi quase uma pizza inteira de mussarela e comecei a escrever essa birosca. Só quando dormi de verdade e acordei às 14h30 que eu senti os efeitos de mais de 12h de rolê de rock: as costas completamente destruídas, uma carteira vazia - e só aí descobri o quanto havia gastado em álcool na tarde/noite de ontem - e um par de tênis furados [?]. Mas, pra falar a verdade, foda-se. Enquanto voltava naquela caminhada interminável à van, um carro passou por mim com cinco pessoas gritando a plenos pulmões "You Only Live Once" do renascido Strokes.
You only live once. Isso diz tudo.
07 abril, 2006
Hierofante Púrpura
Mogianos tramando a próxima escaletada
Diretamente de Mogi das Cruzes [terra de Agentes, Fud, Maurício de Souza, Mordeorabo e The Flaming Lips], surge mais uma banda predestinada a FODER corações e mentes - e com sérias chances de LIGAR no dia seguinte, mandando bombons e flores, etcetera.
Bebendo [vinho] das fontes psicodélicas dos 60's e 70's - inclua aí muito Mutantes e Beatles, com uma interessante pitada de progressivo pinkfloydiano - o Hierofante soa como... Erm... Hmmm... Foda-se, soa como UMA MESA DE JANTAR LISÉRGICA NUM DOMINGO DE MANHÃ PÓS-FARRA, seja lá o que isso significar. Se esses moleques não tivessem antecedentes PUNKS, daria pra imaginá-los facilmente como uns hippies estudantes de comunicação ou história, levando o som e pagando de letrados. Mas hippies nunca absorveriam tão bem as boas influências da época que eles próprios cultuam: iriam querer partir pro lado HARD BLUES SOLÍSTICO da coisa e jogar fora um monte de grandes idéias. Ou entupir de teclados à la Rick Wakeman [a.k.a. o homem que destruiu o Yes]. Também podemos chamar isso de MATURIDADE.
Voltemos ao Hierofante.
A banda nascida em 2005 é formada por dois ex-membros do falecido Fud, Felipe Lima e Danilo Sevali, Gabriel Lima [do Agentes] e Diogo Menichelli [baterista do "adormecido" Noupe]. [Detalhe: todas bandas egressas do hardcore. SHAME ON YOU, HIPPIES!!!]. Exceto por Diogo, o dono irredutível das baquetas, os outros três revezam os instrumentos no palco, fazendo aquela dinâmica interessante que todo bom nerd musical gosta. E os malditos tocam demais. Vá à página deles no Trama Virtual e delicie-se com as mudanças de sabores etéreos de "Muleta de Espinhos" [gravada ao vivo com uma qualidade bem acima da média] e "Homem de Cera". Arnaldo Baptista ficaria orgulhoso em saber que produziu rebentos diretos de seu Lóki: "Redenção" termina num delicioso honky tonk à lá "Será Que Eu Vou Virar Bolor?".
E são apenas essas três músicas [e um clipe de "Homem de Cera"] que constituem todo o compêndio registrado desta banda. Fizeram pouco mais de quatro shows e já despertam a curiosidade dos que sabem que a revolução não vai ser transmitida pela MTV. Uma vez eu disse a uma amiga que "de influências legais, o inferno estava cheio". Mas esses caras resolveram ir no cerne e extraír algo realmente especial. Está por vir um estrago incalculável. Cobrem-me daqui a alguns anos.
04 abril, 2006
"1986", One Last Wish
Disco lançado em 1999 pela Dischord, mas gravado em 1986 por integrantes do extinto Rites of Spring (emo pacarai, viu!). Os integrantes eram, nada mais nada menos, Guy Picciotto (vocal e guitarra), Brendan Canty (bateria), Michael Hampton (guitarra e vocal) e Edward Janney (baixo e vocal). O disco foi produzido pela banda juntamente com camarada Ian MacKaye, e gravado em 3 dias de novembro. São 12 faixas que viajam por Clash, Minutemen, e com pitadas de Bad Brain e Minor Threat. Coisa fina que não se acha moscando por aí, da mesma forma que Fugazi não dá em árvore.
1. Hide 2. Burning in the Undertow 3. Break to Broken 4. Friendship is Far 5. My Better Half 6. Loss Like a Seed 7. Three Unkind Silences 8. Shadow 9. Sleep of the Stage 10. One Last Wish 11. This Time 12. Home is the Place
31 março, 2006
29 março, 2006
"Live in Chicago", Jeff Buckley
1. Dream Brother
2. Lover, You Should've Come Over
3. Mojo Pin
4. So Real
5. Last Goodbye
6. Eternal Life
7. Kick Out The Jams
8. Lilac Wine
9. What Will You Say
10. Grace
11. Vancouver
12. Kanga Roo
13. Hallelujah
14. So Real
15. Last Goodbye
Segundo palavras do véio (Marcelo), Jeff Buckley gravado em estúdio não representa em nada o quão ele é insâno ao vivo. Não duvido nada, mesmo considerando "Grace" um dos melhores discos de todos os tempos. Agora só me resta esperar a encomenda por algumas semanas para apreciar essa obra que deve ser algo supremo. Haja paciência!
28 março, 2006
Meu amigo Antunes.
a Apple anda vendendo musica em aac 128 kbps e dizem muito audiofilo não consegue distinguir do cd e tals. eu andei no exagero e coloco 320 kbps e 48000 kHz, porém acredito que não da diferença 44100 kHz, ja que qualquer cd tem o mesmo 44100 kHz como amostragem.
sinceramente nem tenho um baita som pra ver a diferença, mas hei-de poupar boa musica pro futuro.
27 março, 2006
23 março, 2006
"Baby C'mon"
21 março, 2006
"Vegas Special", os Telepatas
Nunca estive em uma apresentação deles, mas a coisa, pra quem viu, é bruxaria musical.
"Telepatas são primos distantes do Mogwai, sobrinhos-netos do Walter Franco e foram treinados por Telê Santana no condomínio Punk Floyd. Stargazer? Post-rock? Vanguarda? Eles preferem dizer que são uma banda de 'quase-rock'." (Didital)
Massa, né? Baixa lá então e seja feliz. Mas causa dependência, viu. Vegas speeecial!
PT-01, o sucessor do mp3 player.
Claro que o ipod é legal, daqui a alguns anos vai ser tão lembrado quanto o walkman, o primeiro mac ou o primeiro imac. Ainda e top 5 na categoria "equipamento de primeira necessidade consumista".
O fato, é que me ocorreu que tenho uma predileção por vinis e que, apesar de minha sogra ter uma vitrola muito da batuta, eu não tenho nenhuma propria por aqui. E foi depois de muito pesquisar que conheci essa maravilha:
- Toca 12" ou 7" em 33, 45 ou 78 rpm (mesmo eu nao tendo nenhum 78, vai la que um dia eu eu esbarro com algum);
- Adaptador pra tocar aqueles 45 com furo grande;
- Tem pré-amplificador, com controle de tom e volume e saida pra fone de ouvido;
- Falante imbutido (deve ser meia boca, mas rola);
- Tem pitch (mesmo não tenho nenhum uso pra mim);
- E o mais bonito, funciona a pilha se necessario!
Tudo isso com uma tampa de acrilico removivel bem legal pra proteger e tals. Mais detalhes no site do fabricante.
19 março, 2006
17 março, 2006
HELLa
Não há voz. Nem precisa, também.
09 março, 2006
Richard "Queijo"
Depressão pós-férias? Toma isso, então!
http://www.iloverichardcheese.com
Depois não diga que não avisei...
07 março, 2006
one man band boom
segundo o release que li antes do show, o sujeito era uma banda de um homem só e que tocava slide guitar mais rapido que qualquer ser da terra.
o fato é que bob log III é tudo o que não é pra funcionar, porém funcionando (exatamente o contrario do brasil).
- nerd 4 olho
- vindo de tucson, arizona
- ele usa guitarra acústica de um so captador, conectada ao vox por wireless
- uma roupa colada estilo imitador de elvis viva las vegas
- toca o bumbo com um pé e chimbal com o outro e ainda da um jeito pisar no acionador da bateria eletronica (nada rebuscado, só liga uma caixa tipo ta ta ta ou ta ta ta)
- capacete com um telefone acoplado que ele usa como mic, mas soa como se estivesse falando no telefone.
insano? você não viu nada. antes do show rolou duas minas, the town bikes, dancando no melhor estilo cabaret nonsense e usando roupas de plastico. elas voltaram outras vezes durante o show para bailar umas coreografias durante algumas musicas.
o cara entra no palco; realmente manda bem no slide guitar e além do mais ele consegue tirar timbres que parecem ter saido de vinis de blues com mais de 50 anos. o esqueminha de wireless permite que ele desça do palco e dê um rolê pelo boteco. e por que não botar um bote inflavel de mais de 2 metros no palco, subir e sair tocando nele enquanto a galera te carrega? bem, bob log não viu nenhum porém.
além de tudo, as letras são algo como as primeiras do musicas do ramones escritas no sul dos eua por um cafetão viciado em jogo. duvida? rola desde "wag your tail like a dog in the back of a truck" até "clap your tits". mas o hit single (se não é um hit, deveria) é "boob scotch", onde ele incita as dama do local a botar o boob no copinho com a birita dele no palco. é claro que algumas distintas senhorinhas aceitaram o convite.
mas isso não é tudo. bob volta para o biz com uma outra roupa, no estilo cowboy e com luzes! e só pra terminar, já que ele tem que usar as pernas pra acionar o bumbo e o prato, duas garotas se renderam ao convite de sentar no colo do camarada (uma em cada joelho) pra dar uma "galopada" durante a última música.
e não vai achando que o cara é um mero performancer. o sujeito tem uma bela duma discografia e só ir la no http://www.boblog111.com/ e dar uma espiada.