
Complicadíssimo definir o som; depois das primeiras escutadas, pensa-se que é algo entre Jack Johnson e Ben Harper, mas logo se vê (ou se escuta) que o buraco é bem mais embaixo. Se alguém que já botou uma prancha de surf debaixo do braço não gostar, bom sujeito não é. Eu nunca botei uma prancha debaixo do braço, que fique bem claro.
O cara toca uma lista absurda de instrumentos. Se liga na lista do site: guitars, shakers, didgeridoos, Weissenborn slide guitars, Tongue drums, stomp boxes, djembes, harmonica, ankle bells and slide banjo. Vários deles ao mesmo tempo. Não estou falando só de tocar violão e tocar gaitinha (ele faz isso também): o cara batuca com o pé pra marcar o tempo numa caixinha com trigger de bumbo. Com o outro pé liga uns pedaizinhos. Faz um batuque batuta com as paradas de percussão e toca os didgeridoos. Toca slide guitar feito uma divindade. E quando se vê tudo isso ao vivo beira o insano, parece um cérebro dividido em 4. Acrescenta muito que o cara tem uma voz do mais fino veludo. Rola uma ajuda do cara da mesa que coloca tudo em efeitos de rotary speakers (para quem não é iniciado, o efeito é literalmente o de caixas de som girando) e toda sorte de eco. Toda a platéia fica em transe facinho, facinho.
Ele não seria um hippie surfista completo se não tocasse descalço e com camisa tie-dye, se não soubesse escrever sobre humanidade e engajamento, se não fizesse cover de "No Woman No Cry" (nem se incomode achando que é o maior dos chavães, é a versão mais honesta de que se tem noticia). Ou, ainda, se não tivesse uma banquinha recolhendo assinaturas para a criação do parque marinho de South Australia (eu já tinha assinado no Big Day Out).
Do começo, quando foi apresentado por aborígenes que fizeram uma cerimonia com fogo dentro de um teatro, até o fim, com um biz de 5 musicas, um show absurdamente maravilhoso.
2 comentários:
spam até aqui! sifudê! os robsons são pessoas decentes, tá.
ahhhh nao.
va cata coquinho, maluco!
vaza e deixa os camaradas em paz!
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